"É amargo meu viver se passo o tempo pensando em mim mesmo (...)
É doce meu viver se passo o tempo pensando em Ti" Rabindranath Tagore

quarta-feira, 30 de julho de 2008

Se o amor é a dor que acontece.



Acolhe a dor que tortura
nas dores que já conhece,

Se o amor é a dor que acontece,
o mestre!, a lei alva e pura!

Porque a dor do que adoece
é do mesmo amor que cura.

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Sentido, escrito e publicado
por Yohana.
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Fonte da imagem:
Cley Birds Gallery

terça-feira, 29 de julho de 2008

Desafios



Angustiam a nossa paz,
dias a fio,
violências de todas as ordens!
Mas não desordenam quem Te confia
todos os dias
de hoje e de além.

Imperfeita ainda, a nossa visão
chora a tristeza incontida,
que nos não arrefece:
amadurece a vontade
de ver outra história

na história das gentes
que choram de mortes,
de perda e de fome...

na história da terra,
das águas, dos vales,
dos seres, das árvores
que aspiram aos céus.

-A história dos ventos
que espalham sementes,
espelhando aves,
respirando Deus.

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Sentido, escrito e publicado
por Yohana.
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imagem: (aves do pantanal)

domingo, 27 de julho de 2008

Cura



por amor de ser livre
cura
para amar-se até a doação

ou até que a sua voz ecoe
sem os freios do que amargura

até que se considere
na plenitude do que nunca é tanto

e esvaziando-se
transborde, inteiro,
do seu próprio canto

do seu próprio meio

20/07/2008

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Sentido, escrito e publicado
por Yohana.
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imagem: (aves do pantanal)

domingo, 13 de julho de 2008

Desse Amor



Nas Mãos Desse Amor
(Yohana)

Divinas essa pétalas
que vêm das lonjuras
das Constelações
desse Amor tamanho.
Não têm fim.
Não tem fim essa Presença,
a tolerância,
a esperança em mim.

Deito nas Mãos dessa Poesia Maior
a minha vida,
a minha história,
e vou, fortalecida
nessa alforria.

O que essas Mãos delineiam
eu cumpro.
Eis a minha flor mais bem cuidada.
Eis a minha vida
e o meu Amor.
O meu rumo.

sábado, 12 de julho de 2008

Reflexo

A toda luz
que eu me reinvento
sou um vento azul
que reflete pouco
do que brisa dentro,
o Seu amor.

E esse reflexo parco,
de azul medido,
às vezes mente,
convencido
de que tem cor.

Mas tem mesmo só saudade,
só tem mesmo vontade
do vento que nunca foi.

sexta-feira, 11 de julho de 2008

Eu estarei aqui

Quando precisar respirar
profundamente,
guarde silêncio.
Conte até dez
no pensamento
e deixe passar
à margem
o ar de mau tempo.
Deixe passar.
Eu estarei aqui
quando ainda for sede
quando ainda for cedo
quando ainda houver ar.
E Ele ainda
(e também) estará
comigo.

quarta-feira, 9 de julho de 2008

(De alma)

(Apenas deixe que eu me desconstrua
em mim mesma,

sem pressa de me transformar.

Se eu puder transparecer
nos corações em que exercito o amor,
então a vida me dará a emoção verdadeira.
A que me serve.

E eu posso até me habituar.

Sei que assim as águas correráo mais livres
e eu serei mais simples
para ser.

Leve.)

domingo, 6 de julho de 2008

Em que estrela do tempo?

Em que estrela do tempo
foi que essa voz falou primeiro
ao meu coração?
Em que eternidade do Amor,
da Caridade?
Eu não poderia saber.
Ainda brinca esse mistério
sem mistérios,
na voz que chega sempre suave,
sem imposições, sem guerras
(legitimidade...)!,
como se quisesse me dizer
que é de mim mesmo que vem,
fazendo-Se parte,
deixando-me Ser.

Em que estrela do tempo?
Não sei.
Importa que haja.
Importa que eu haja
na estrela do tempo,
onde age o abraço
que me permanece.

sexta-feira, 4 de julho de 2008

Asas

Se eu fechar os meus olhos,
seja para criar asas.

(As que não me escondam (d)o mundo.)

Porque há muito a ser feito
a cada um de mim
e do meu outro.
Porque a todo instante
sou requisitado
em cada um dos meus papéis;

e eu não aceito ser o que vai com o tempo
e a engrenagem
- viver por passagem.

Quando eu fechar os meus olhos,
seja para abrir os meus canais.

quarta-feira, 2 de julho de 2008

Regozijo

Quando eu aceito
que os Seus braços me abracem,
por prazer,
que o Seu bem me suporte os defeitos
e se alegre com as minhas vitórias...

(porque sou eu...
sou eu que aceito, Senhor...)

quando eu canto silenciosamente
os acordes que vêm dos Seus ventos,
e quando eu deixo
que as lágrimas me exponham
e os sorrisos me vençam...

(porque sou eu...
sou eu que deixo, Senhor...)

quando eu me olho
e me reconheço,
tão pequeno e valoroso...


é que me sinto mais mais livre
no meu próprio eu...

(Porque sou Seu, Senhor!)

Quem sou eu

Minha foto
... uma alma apaixonada pela idéia da vida. Em qualquer de suas instâncias. Buscando, nalguma intensidade da arte, conhecer-se, amadurecer, conceber-se..

Digno

Ainda que toda palavra falte,
e toda ação pareça contida.
Ainda quando seja medida
a claridade, a música
que cadencia a vida.
Quando o sonho apresentar-se frágil,
e a esperança, tímida.
Quando eu seja mínimo,
e mínimo pareça o motivo.
Eu serei o que universa
a Sua força pelos meus sentidos.
O que O sabe nas próprias entranhas,
e reflete, na própria clausura,
para libertá-LO,
imperturbável, digno.
Creative Commons License
 

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