Em que estrela do tempo
foi que essa voz falou primeiro
ao meu coração?
Em que eternidade do Amor,
da Caridade?
Eu não poderia saber.
Ainda brinca esse mistério
sem mistérios,
na voz que chega sempre suave,
sem imposições, sem guerras
(legitimidade...)!,
como se quisesse me dizer
que é de mim mesmo que vem,
fazendo-Se parte,
deixando-me Ser.
Em que estrela do tempo?
Não sei.
Importa que haja.
Importa que eu haja
na estrela do tempo,
onde age o abraço
que me permanece.